O Velho, o Mar e a Educação Continuada

Jael Eneas, Educador

Depois de 84 dias sem pescar nada, o velho Santiago só não havia desistido porque Manolin, um menino aprendiz de pescador, insistia: “Prossiga. Olhe para o mar!”. Ao sair para tentar mais uma vez, Santiago sentiu o anzol tremer. Era um peixe. Nada menos que um espadarte, agigantado, valente.

A luta havia começado. O homem e o peixe. O homem e sua consciência. O homem e suas inquietudes. Lutando sozinho, logo percebeu seus próprios limites, porém decidiu manter-se vivo e altivo. Por outro lado, o reverso da história. O peixe também lutava, resistia, levando a canoa do velho para o alto-mar. Com o sol a pino e feridas abertas, o velho vencera; matara o peixe e o amarrara na canoa.

Quando tudo parecia tranquilo, iniciou-se outra luta. Agora, os tubarões. Insanos, eles atacavam o espadarte, que, morto, nada podia fazer. Santiago chegou à praia após muito esforço, porém, do peixe-gigante, só restava a espinha sem carne. O que faria você? Sentar e chorar? Ou sentar, refletir e tornar a agir?


A história fará 70 anos

Livro de referência de Ernest Miller Hemingway (1899–1961), “O Velho e o Mar” foi escrito em 1951, tornando-se célebre pela força do enredo. Como paradigma da própria condição humana, a obra só ganhou notoriedade (Pulitzer em 1953 e Prêmio Nobel de Literatura, 1954) após um período de pouca produção literária do autor.

      

O que se pode aprender do livro que completa 70 anos de publicação no próximo dia 1º de setembro?


Seja resiliente

No retorno à praia, diante dos olhares complacentes dos pescadores, Hemingway disse: “O homem não foi feito para a derrota. Um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado”. Para quem deseja continuar aprendendo, ventos contrários servem para otimizar novos voos.


Avance em direção ao mar

Manolin insistia com Santiago: “Prossiga. Olhe para o mar!”. O rio que deseja chegar ao mar só tem uma coisa a fazer quando se defronta com o precipício: se lançar cachoeira abaixo. Só assim o rio chega ao mar! Ressignifique sua carreira. Avance.


Aprenda novas tecnologias 

Ainda que tenha se sentido vencedor por ter usado de técnica, perícia e expertise para vencer o espadarte, Santiago não possuía tecnologia suficiente para dominar os tubarões. Eles foram implacáveis em devorar o peixe! Portanto, não procrastine em decidir por um novo curso.


Livre para pensar

Na verdade, quem foi Santiago? Mais do que um velho pescador, ele foi um homem livre para pensar. Sentar e chorar é parte do sentir humano que prepara o educador para se levantar e agir de novo.

Assim como Santiago era livre para pensar nas marés e estrelas que guiam os pescadores em alto mar, também somos convidados a refletir sobre marés, peixes e tubarões como uma oportunidade de novos olhares. Para a educação continuada o próximo passo sempre é o passo mais importante.

VIVER Editora
Paixão pela Vida

plugins premium WordPress
Loading...