Uma escola é formada por professores e pedagogos, que trabalham juntos, e todos precisam exercer sua função para a educação de qualidade”, Mariana Moreno Castilho, pós-doutora em História Social (USP).

A Lei nº. 13.083 de 8 de janeiro de 2015 estabelece 20 de maio como Dia do Pedagogo (20 de maio), instituído pela Lei, damos início ao Painel de Pedagogos Influentes, destacando nomes normalmente exigidos em bibliografias acadêmicas. A lista, porém, não se exaure, constituindo-se numa homenagem comemorativa.

Ao longo da história, a educação como fenômeno social experimenta grandes transformações em sua metodologia, no processo de transmissão, sobretudo nas formas de assimilar o conhecimento. Nesse contexto, a figura do pedagogo se impõe por ser aquele que pensa a educação, mas, sobretudo, porque propõe métodos inovadores.

Paulo Freire (1921-1997)

O autor de “Pedagogia da Autonomia” (1996) e “Pedagogia do Oprimido” (1968), Paulo Reglus Neves Freire, tornou-se referência da educação brasileira. A frase o “ensino só pode ser efetivo quando há, de fato, a aprendizagem a partir da relação de respeito entre o educador e o aluno” marca o eixo de suas ideias.

Paulo Freire defendia que a desigualdade entre as classes sociais provém da opressão das classes privilegiadas sobre as classes populares. Por ter nascido em uma das regiões mais pobres do país, ele sentiu de perto essa realidade.

O eixo de sua proposta era despertar a criticidade do aluno com foco na consciência social e na autonomia. O título de um de seus livros, “Educação como Prática da Liberdade”, indica sua defesa por uma consciência política no ato do aprender.

Contribuições

    • Método de Alfabetização Dialética: Defende o diálogo crítico com base na realidade do aluno e na comunidade local.
    • Projeto Alfabetização de Jovens e Adultos: Propõe a alfabetização desta faixa etária em cerca de 40 horas com baixos custos.
    • Instituto Paulo Freire (IPF): Criado em 1991, o IPF objetiva ampliar e elaborar suas teorias sobre a educação popular. A instituição desenvolve ações educativas em todo o mundo.

Maria Montessori (1870-1952)

Nascida em Chiaravalle, Maria Tecla Artemisia Montessori se notabilizou como pedagoga, além de pesquisadora e médica italiana, curso que terminou sob impacto do preconceito vigente na época de mulheres na área da medicina.

Em 1897, ao atuar como médica assistente na clínica psiquiátrica do hospital da universidade, visitava crianças portadoras de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Isso a levou a considerar métodos para superar a doença.

Depois, ao estudar a obra de Édouard Séguin, médico e educador francês, aplicou suas pesquisas na Casa dei Bambini, creche onde desenvolveu novas experiências. Seu lema foi “Educar para a Vida”, metodologia de formação integral que fez parte de sua proposta educacional.

Contribuições

    • Autonomia e Autoeducação: Defende a interação com o ambiente, tornando-o como local da aprendizagem sensitiva, crítica e estimulante para o desenvolvimento da mente.
    • Participação e Responsabilidade: Auxilia a criança na conquista da independência através da disciplina. Desenvolve a autonomia e estimula a criança a participar de rotinas diárias.
    • Organização, Liberdade e Movimento: Propõe que a sala de aula deve ser organizada para facilitar os movimentos da criança. Dessa forma, os recursos são mantidos ao alcance dos alunos.
    • Livro Dourado como Ferramenta: Propõe que o material funcione como experiência a partir de objetos concretos para percepção de conceitos abstratos e representativos.

 

Jean Piaget (1870-1952)

Natural de Neuchâtel, Suíça, Jean William Fritz Piaget, embora fosse psicólogo, biólogo e filósofo, defendeu ideias que impactaram a pedagogia. Suas pesquisas sobre a inteligência e o desenvolvimento infantil figuram nas bibliografias acadêmicas de todo o mundo.

Ao propor os fundamentos da Epistemologia Genética e a Teoria do Conhecimento, Jean Piaget apresentou quatro estágios para o desenvolvimento cognitivo na infância: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. Cada um deles se caracterizava por fases específicas do pensamento e comportamento infantil.

Contribuições

    • Aluno como Protagonista do Conhecimento: Defende que o aluno construa e consolide seus próprios saberes – proposta que fundamenta as correntes pedagógicas de base construtivista.
    • Professor como Mediador do Ensino-Aprendizagem: Propõe que o professor seja o agente da aprendizagem; que ele faça a mediação ativa na tarefa de ensinar.
    • Aquisição do Conhecimento por Fases Cognitiva: Estabelece que professor conheça diferentes metodologias para cada fase do desenvolvimento biológico. Por isso, não existem receitas prontas na sala de aula.

 

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Jael Eneas
VIVER Editora
Assessoria de Comunicação

 

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