A leitura é a musculação do cérebro. É o exercício de ouvir tudo o que o outro tem a dizer.

No mês em que se celebra o Dia Nacional da Leitura (outubro), a autora do livro “O Sabiá que não Sabia Assobiar”, Liege Leopoldo, fala de imaginativos, mas, sobretudo de percepções de seu cotidiano como escritora.

Instituída pela Lei nº 11.899, de 8 de janeiro de 2009, a data serve como subsídio para realização de eventos que promovam ações reflexivas sobre a importância do ato de ler, através da Semana Nacional da Leitura e da Literatura no Brasil.

O blog, ao conversar com a autora Liege Leopoldo, da Casulo Editora, faz spolier do novo título: “Uma coleção de guarda-chuvas”. Trata-se de uma história sobre a “metade do copo cheio” da vida. O escritor brasileiro Rubem Alves (1933-2014) resume de forma lúdica o ato de ler: “Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar”.

Liege Leopol

Trace seu perfil como autora.

Liege Leopoldo

Escrever sempre fez parte da minha rotina. Quando adolescente, eu me divertia criando pequenas histórias sobre situações que minha família e amigos passavam, eu gostava de trocar cartas… sim, sou da época em que as pessoas ainda faziam isso!

Que tipo de textos você criava?

Liege Leopoldo

Minha criação inicial eram jornais e blogs. Porém, quando comecei a cursar a faculdade, dediquei-me arduamente a escrever bons artigos. Era prazeroso estruturar ideias, desenvolver raciocínios, refletir e encontrar conexões. Eu visualizava uma caminhada acadêmica robusta e sabia que escrever era parte de tudo isso.

Em algum momento você refez sua trajetória?

Liege Leopoldo

Sim. Em minha trajetória profissional, passei a me interessar em produzir livros didáticos. Paralelamente, enquanto lecionava para as séries iniciais do Ensino Fundamental, passei a escrever histórias para meus alunos.

O que aconteceu ao residir nos Estados Unidos?

Liege Leopoldo

Aconteceu algo incrível. A ideia, junto com meu marido, era dedicar tempo para adotar uma filosofia educacional que embasasse minha produção de livros didáticos, especialmente na área de História. Foi nesta trajetória que me deparei com os escritos da britânica Charlotte Mason. Descobri que o melhor livro didático é o livro de literatura. Ou seja, eu estava no caminho certo em escrever histórias.

A literatura foi sua paixão como escritora?

Liege Leopoldo

Em algum sentido, sim, pois meus textos literários abraçam temas que são caros e importantes para mim, e tento transmiti-los em uma narrativa leve, divertida e que brinque com o idioma. Mas no meu radar, sempre há espaço para escrever sobre história, educação e artigos de opinião.

Liege Leopoldo com livros publicados

Fale sobre seus livros publicados.

Liege Leopoldo

Meu primeiro livro publicado, do qual tenho imenso orgulho, escrevi em parceria com meus alunos. Eles eram discentes dos anos finais do Ensino Fundamental. A pesquisa teve foco nos 50 anos da Escola Municipal “Rui Barbosa”, em Campo Bom, no Rio Grande do Sul.

 Como você dividia o tempo?

Liege Leopoldo

Tudo acontecia no contraturno. Foi uma experiência incrível. Os alunos voluntários participaram de todo o processo de confecção do livro. Eu direcionava a pesquisa e escrevia o corpo do texto. No final de cada capítulo, os alunos completavam a produção com seus próprios textos.

Fale do livro “O Sabiá que Não Sabia Assobiar”.

Liege Leopoldo

Este livro é um lançamento da Casulo Editora. Trata-se de um livro ilustrado, pois brinca com as palavras. É um enredo onde o personagem demonstra alguma característica heroica e uma pitada de humor.

Que elementos adicionais são introduzidos no livro?

Liege Leopoldo

Adicionei a música como pano de fundo, pois é algo que realmente amo. Sou apaixonada por flautas. As ilustrações de Kaleb de Carvalho deram um charme especial.

Liege Leopoldo com livro “O Sabiá...”

Tem livro novo na fornada?

Liege Leopoldo

No momento, estou trabalhando no meu novo título, “Uma coleção de guarda-chuvas”, uma história sobre a “metade do copo cheio” da vida. Nele, abordo a inclusão de uma forma muito leve, o hábito do “Chá da Tarde” e a delícia que é colecionar objetos.

Por que a leitura é importante?

Liege Leopoldo

A leitura é a musculação do cérebro. É uma habilidade que nos permite entrar em contato com temas e perspectivas que vão além do nosso cotidiano. É o exercício de ouvir tudo o que o outro tem a dizer.

Você recomenda a leitura como hábito de vida?

Liege Leopoldo

Sim! Esse é um hábito que só me trouxe lucros e dividendos. Nutrir nosso intelecto torna nossa vida mais interessante, expande nossos horizontes e nos reconstrói a cada instante.

 

(1) Liege Leopoldo possui Licenciatura em Pedagogia e História pela Unasp. É pós-graduada em Psicopedagogia. Autora de “Legado, lembranças e memórias: 50 anos de Rui Barbosa” e “O Sabiá que Não Sabia Assobiar”, pela Editora Casulo. Contribuiu com artigos de História e Opinião para jornais e blogs.

 

Jael Eneas
Viver Editora
Assessoria de Comunicação

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