Pesquisas apontam que existe direta relação entre o exercício físico e a melhora do processo cognitivo. Excelente notícia para quem estuda e não abre mão da academia!
A turma do “estude, mas mexa-se” sabe que o exercício físico é fundamental para a saúde geral. O PhD Bernard Gutin, professor emérito do Case Western Reserve University, fundado em 1826, no artigo “Exercise-Induced Activation and Human Performance: A Review”[1], sugere que “exercício com duração entre 45 segundos e dois minutos, com frequência cardíaca entre 90 e 120 batimentos por minuto, pode ser benéfico para a performance cognitiva”.
A Revista Brasileira de Medicina do Esporte[2] publicou uma pesquisa sobre a relação entre a cultura do “mexer-se” e o aprendizado. “A ação do exercício físico sobre a função cognitiva pode ser direta ou indireta. Os mecanismos que agem têm aumentado a velocidade do processamento cognitivo, apresentando melhora na circulação cerebral …”.
A professora Natália Oliveira[3], graduada em Educação Física (USP), docente do Mestrado em Promoção da Saúde do Unasp, especialista em fisiologia do exercício (Faculdade de Medicina da USP), mestre e doutora em ciências médicas (USP), conversa com o blog da VIVER Editora sobre os benefícios da atividade física para estudantes de pós-graduação.
VIVER Editora
Sedentarismo combina com a vida estudantil?
Natália Oliveira
De forma alguma! Pela própria natureza da atividade acadêmica, os estudantes passam muito tempo sentados, seja nas aulas, seja nas extensas leituras ou escrevendo suas dissertações e teses. Além dos problemas musculares e articulares que a má postura na posição sentada pode causar, o sedentarismo é um fator de risco importante para doenças crônicas.
VIVER Editora
Quem se “mexe” com regularidade tem benefícios?
Natália Oliveira
Sim. A redução do estresse e da ansiedade, bastante comuns nessa fase de tensão com muitos prazos e demandas, é um benefício muito importante que pode ser conseguido com a simples prática regular de qualquer exercício físico.
VIVER Editora
Existem outros ganhos adicionais?
Natália Oliveira
Além da redução do risco de doenças cardiovasculares, a atividade física também pode auxiliar na redução de dores, melhorar a postura e contribuir para um sono mais reparador, o que é essencial para quem necessita de um bom rendimento intelectual.
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É verdade que quem pratica exercícios físicos tira melhores notas?
Natália Oliveira
A literatura científica apresenta algumas controvérsias. Alguns autores apontam que sim, outros observam melhorias em apenas algumas áreas acadêmicas específicas. De qualquer forma, a maior parte desses estudos é feita com crianças e adolescentes.
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Há estudos entre jovens e adultos?
Natália Oliveira
Entre os adultos, podemos inferir que a prática da atividade física traz, no mínimo, contribuições indiretas relevantes para a vida acadêmica. Assim, investir um pouquinho do tempo diário em atividade física traz sim bons resultados!
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O que fazer para ser “fitness” de carteirinha?
Natália Oliveira
Boa pergunta! A resposta é simples: basta fazer da atividade física um hábito de vida! Assim como tomar banho, se alimentar e estudar, o exercício deve fazer parte do dia a dia das pessoas. Para conseguir isso, deve-se começar pela escolha da atividade.
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Como deve ser esta escolha?
Natália Oliveira
Opte por algo prazeroso, não por obrigação. Não abra mão da sua saúde e do seu bem-estar! Assim como você não deixa de, por exemplo, escovar os dentes, faça chuva ou faça sol, estando feliz ou chateado, cansado ou atarefado, a atividade física deve ser colocada nesse mesmo rol de afazeres essenciais.
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O que seria uma rotina diária ativa?
Natália Oliveira
Excelente dica. A rotina ativa é preferir as escadas em relação ao elevador para subir ou descer poucos andares. É percorrer a pé ou de bicicleta distâncias curtas. Saia para passear com o cachorro, aproveite seu tempo de lazer com a família e com os amigos em locais propícios à atividade física!
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