“Se as coisas são inatingíveis… ora! Não é motivo para não as querê-las… Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas!” Mario Quintana (1906-1994), poeta brasileiro.
Assista a palestra ao vivo: https://bit.ly/3TRh7Xd
Quem não se encantou com a nave estelar ficcional Enterprise. Na série original de Star Trek, a missão aparece logo na abertura: “Espaço. A Fronteira Final. Viagens para explorar novos mundos… audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais esteve”.
No contexto do ano novo que chega inquieto e misterioso, o educador Antônio Braga Filho ressignifica lições com um convite inusitado: olhar o novo por ângulos além da ficção científica. No Brasil, tudo começou em 1966, no formato de série televisiva; porém, o enredo de “Star Trek” levou à criação de inúmeras histórias derivadas.A reflexão aproveita o roteiro invertido da maioria dos filmes futuristas, onde o gran finale é a destruição, o extermínio e a entropia do ser, para, através de viagens ao universo, mirar-se numa realidade tangível. A partir disso, o Professor Braguinha vê na metáfora das viagens estelares a possibilidade de experimentar novas fronteiras.
“A grande ‘pegada’ está na exploração do universo desconhecido, o que resulta numa fonte gigantesca de aprendizados” pontua Braguinha ao destacar a missão da Enterprise. “Por isso, estamos indo audaciosamente aonde nenhum homem jamais esteve. Neste sentido, cada passo é dado em direção ao desconhecido, a novas descobertas”, ressalta.
Lições preciosas
A pergunta de um milhão de dólares. Como os tripulantes da Enterprise estavam indo para o universo desconhecido? A seguir, Braguinha extrai seis dimensões: amigos, diversidade, tecnologia, protocolos, dificuldades e audácia. “Compartilho a essência não da nave Enterprise, mas da jornada da vida”.
Estamos indo… com Amigos
“Existe o colega e o amigo. O primeiro pode se dar nas relações de trabalho, por exemplo, porém, o amigo é aquele com quem se constrói relações mais profundas e significativas. O time de trabalho é formado por amigos que se tornaram parceiros da existência porque, através da sintonia mútua, interagem para viver o cotidiano da vida”, pondera o professor Braguinha.
Estamos indo… com Diversidade
“Na análise da Enterprise, não se percebe apenas seres humanos diferentes, mas um ‘universo’ de seres diferentes. A interação com o ‘diferente’ gera aprendizados, pois o jeito diferente de ser faz de cada pessoa um ‘universo único’. É no universo de dramas, contradições e possibilidades que cada pessoa contribui para a construção do todo. Olhe as pessoas pelo prisma da aceitação, dignidade e do respeito”, afirma.
Estamos indo… com Tecnologia
“Quer na Enterprise ou na vida real, a tecnologia veio para ficar. Porém, equipamentos e plataformas envelhecem necessitando de ‘upgrade’ constante. Na vida pessoal, este é o segredo: torne-se obsoleto a cada dia! Até porque, no universo das contradições humanas a ‘renovação pessoal’ é mais imperiosa do que o ‘upgrade’ das máquinas.”
Estamos indo… com Protocolos
“Para que o planejamento estratégico seja eficiente, os protocolos são indispensáveis. Durante o processo de partida da nave Enterprise, todos sabiam exatamente o que fazer. Assim deve ser na vida corporativa. Embora os protocolos, ou seja, o jeito de fazer as coisas, precisem passar pelo árduo processo do refinamento, porém, o resultado é altamente recompensador! São eles que tornam tudo claro para todos!”.
Estamos indo… com Dificuldades
“Mesmo a Enterprise não sendo uma nave de guerra, mas de exploração, vez ou outra ela se encontra envolvida em batalhas. Para enfrentar os inimigos que aparecem nas fronteiras dos universos visitados, a Enterprise está preparada. Na vida não existe isenção das dificuldades. Quer desenvolver a resiliência? Não fuja da pressão. Enfrente os impactos com serenidade.”
Estamos indo… com Audácia
“O que nos faz pisar o minuto seguinte com coragem é a audácia. Parece até contraditório, pois ir ‘audaciosamente’ para um lugar onde ninguém foi é ir mesmo ‘sem coragem’. Mesmo que o medo apareça, pise o minuto seguinte de forma audaciosa! Coragem não é ausência do medo, é você ‘pisar o desconhecido’ mesmo com medo.”
Em 2024, explore novos mundos, prossiga ‘audaciosamente para onde nenhum homem jamais esteve’, dando um passo de cada vez, fazendo da vida uma grande e linda aventura. Seja feliz!
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Jael Eneas
Viver Editora
Assessoria de Comunicação