POR JAEL ENEAS
O dia 8 de março é mais do que uma data internacional. A efeméride no século passado se tornou símbolo da conquista das mulheres. A Profa. Dra. Silvana Alves Freitas, especialista em currículo e formação de professores, faz merecida homenagem a todas mulheres que lutam e vivem seus sonhos.

Escrever sobre o Dia Internacional da Mulher é sempre um desafio. De que maneira nós, mulheres, nos sentimos mais contempladas e inseridas na celebração desse dia? O que ainda não foi dito? Quais sentimentos precisam ainda vir à tona?

Pensei em retomar exemplos de mulheres de grande destaque na nossa história. Foram muitas as que assumiram papéis importantes na sociedade: professoras, filósofas, cientistas, esportistas, jornalistas, políticas, médicas, psiquiatras, aviadoras, engenheiras, psicólogas, escritoras, musicistas, compositoras, artistas plásticas, designers de moda, cantoras, atrizes, enfim, uma multiplicidade de pessoas-profissionais.

Mulheres de vidas emblemáticas, pois foram e são exemplos de luta pela realização de seus sonhos e, nessa busca, desbravaram tempos, espaços e ambientes de um mundo nem sempre acolhedor e que nem sempre as viu com os merecidos bons olhos de respeito.

Mulheres que teimaram em conquistar sua autonomia, em ter vez e voz, não importando o tempo e espaço que habitaram. E, apesar dos percalços – porque eles existem em insistem em atrapalhar nossa caminhada – mantiveram-se firmes e conquistaram seus espaços, abrindo caminhos importantes para todas que vieram depois delas.

Uma lista desse tipo, que exalta mulheres extraordinárias do passado e do presente, certamente muito longa, talvez não fizesse justiça àquelas que, sem o devido reconhecimento da história, têm salutar importância para nossas vidas.

Assim, mente ficou povoada por lembranças de mulheres próximas com as quais convivi, aprendi, me identifiquei e me identifico. Mulheres-meninas, mães, avós, tias, sobrinhas, primas, irmãs, amigas, esposas, cunhadas, comadres, colegas de profissão.

Mulheres que estão no mundo e junto dele fazem a si e sua vida num movimento de criação, recriação de si e do contexto no qual estão inseridas e, ao afinar o olhar, encontram o outro para com o outro estar.

Mulheres do nosso cotidiano que amparam, cuidam, acolhem, educam, abraçam, aconselham, orientam e não se esquivam de, por vezes, dar alguns “puxões de orelha” para que o rumo não se perca, para não haver desistência, para que possamos refletir sobre quem somos e o melhor caminho a escolher dentre os tantos que se descortinam a nossa frente.

Para continuarmos firmes, fortes, de cabeça erguida, e, ao mesmo tempo, para que sejamos quem somos, com todas as nossas idiossincrasias à flor da pele. Para, assim, sermos únicas e muitas, lembrando que não estamos sós porque temos a nós. Feliz Dia Internacional da Mulher.

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