“Transmitir conhecimento não é apenas falar o que sabe, mas inspirar novas atitudes!” Juliano Kimura.
No dia 15 de outubro, celebramos o Dia dos Professores. A figura do docente é fundamental para qualquer instituição escolar, ou seja, para todos os tipos de esforços de educação formal que uma sociedade pode empreender. Isso significa que os professores são os impulsionadores dos projetos das mais diferentes nações. A profissão é, pois, uma coisa muito séria, tanto em escala macro quanto em escala micro.
Em escala macro, é possível afirmar que os professores têm em suas mãos o presente e o futuro de uma sociedade, pois se tornam mediadores na formação dos seus membros. Em escala micro, essa mediação afeta cada indivíduo em sua experiência educacional, isto é, criamos afetos por meio das relações que experienciamos com os diversos professores que nos ajudaram e ajudam a construir nossas trajetórias, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.
Alguns se encontram mais distantes, enquanto outros permanecem vivos em nossas memórias. Alguns permanecem em nosso convívio, pois se tornaram amigos. E existem ainda aqueles que, embora não estejam mais entre nós, continuam presentes em nós. O fato é que muitos se tornaram verdadeiras referências para nós e para nossas vidas.
Não são poucas as dificuldades que os professores enfrentam em seu cotidiano para realizar a melhor execução possível de seu trabalho. A tarefa da mediação entre o conhecimento e o estudante – ou seja, entre o saber já existente e o conhecimento sistematizado, o real e o futuro – não é simples. A complexidade encontra-se na unicidade.
Cada ser humano é único, e cada um aprende também de maneira singular. E, dessa forma, as relações entre os seres humanos em processo de ensino e aprendizagem são sempre singulares. Não há espaços para repetições. Não há certeza absoluta do resultado. Há um caminho a ser trilhado. Há uma busca constante por uma atuação competente, tendo em vista que essa atuação não se faz sozinha, mas sempre junto ao outro, o estudante.
Isso faz com que o trabalho docente seja uma construção de delicada tessitura, na qual se vão urdindo, fio a fio, encontros, descobertas, aproximações entre as pessoas e destas com os saberes, em um processo permanente de pensar e repensar, no qual professores e estudantes são afetados e afetam. Criam-se laços, memórias por vezes duradouras, sendo difícil determinar quantidades e tempos para esses afetos. Mais do que medi-los, podemos percebê-los, senti-los.
Sim, todos nós tivemos nossos professores, e não seríamos quem somos hoje não fosse por eles. Até mesmo os professores por quem não alimentávamos grande apreço, por qualquer razão que fosse, nos deixaram marcas importantes – nem que seja para que busquemos nos diferenciar ao máximo deles.
Todos nós, portanto, devemos ter uma gratidão profunda aos nossos professores. A eles devemos agradecer por sermos quem nós somos. Dessa forma, a celebração do dia dos professores é, também, uma celebração de todos nós, enquanto sociedade e enquanto indivíduos. Viva os professores!
Profa. Dra. Silvana A. Freitas
Viver Editora