“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, Paulo Freire.

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, Nelson Mandela.

A história da educação registra a contribuição de filósofos, sociólogos, economistas, pedagogos, cientistas e outras personalidades que pensaram a educação como fenômeno social importante na vida comunitária.

A série “Pedagogos no Mundo da Pedagogia” propõe destacar dois nomes brasileiros que ousaram não somente teorizar, mas defenderam ideias por uma visão de mundo mais humana e igualitária, conceitos que se impõem pela relevância na educação do Brasil e do mundo.

Anísio Teixeira

Anísio Teixeira (1900-1971)

O baiano Anísio Spínola Teixeira nasceu em Caetité, 12 de julho de 1900; ele foi um personagem central na história da educação no Brasil. Além disso, atuou como jurista e prolífico escritor ao divulgar as ideias do movimento da Escola Nova.

Anísio defendeu o ensino público, gratuito, laico e obrigatório e reformou o sistema de educação da Bahia e do Rio de Janeiro. Em 1935, lançou as bases da Universidade do Distrito Federal, que posteriormente se transformou na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.

Suas ideias para uma educação integral e uma educação para todos marcam seus escritos e obra, cuja influência norteia políticas educacionais no país até hoje.

Frases

“Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública.”

Contribuições

a) Escola Parque – Educação Integral no Brasil

Criou o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, uma iniciativa revolucionária de educação profissionalizante e integral voltada para as populações mais carentes.

b) INPE e CAPES: Democratização do Ensino Superior

Participou da criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (CAPES), ambos voltados para pesquisa e fomento do ensino superior.

c) Escola Pública Laica, Gratuita e de Qualidade

Propôs uma rede pública de educação infantil à universidade de acesso geral, independentemente da raça, condição financeira ou credo, com olhar aos interesses da comunidade local.

Dermeval Saviani

Dermeval Saviani (1943 – –)

O professor, filósofo e pedagogo Dermeval Saviani é paulista de Santo Antônio de Posse, nascido em 25 de dezembro de 1943. Recebeu importantes títulos acadêmicos como professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Os títulos de “Doutor Honoris Causa” foram concedidos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Tiradentes de Sergipe (UNIT) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Além disso, é coordenador-geral do grupo de estudos e pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” (HISTEDBR).

Dermeval Saviani é o idealizador da Pedagogia Histórico-Crítica como contraponto ao modelo conteudista de ensino. A proposta teórica se fundamenta no materialismo histórico-dialético. Em seu livro “Escola e Democracia: para além da curvatura da vara”, aparecem dois grupos de teorias educacionais: teorias não críticas (tradicional, tecnicista, entre outras) e as crítico-reprodutivistas (escola dualística, violência simbólica e aparelho ideológico).

Frases

“A escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular.”

Contribuições

a) Teoria Histórico-Crítica

Propõe uma pedagogia empenhada em colocar a educação a serviço da transformação das relações de produção.

b) Funções e Antagonismo da Educação versus Escola

Descreve teoricamente a tensão entre escola e a educação: Escola Redentora, Escola Reprodutora e Escola Transformadora.

c) Visão de Educação para a Democracia

Relaciona o conceito de escola democrática à ideia da cidadania e defende que “democracia formal” das sociedades liberais pode ser superada pela noção de igualdade jurídica e sistêmica.

 

Jael Eneas
Viver Editora
Assessoria de Comunicação

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