A interpessoalidade nunca envelhece 

Verdadeiramente não somos ilhas. Nem vivemos ilhados. Ao   ser impactado pelo cenário de mudanças no mundo do trabalho e pela proliferação de novas profissões, não se pode dispensar o cuidado com as relações interpessoais.

As interações sociais acontecem no âmbito individual, no relacionamento pessoa a pessoa, ou na convivência familiar, por exemplo; no profissional, onde os intercâmbios com colegas de trabalho, especialistas e corporações formam eixos de interesses próprios; ou no digital, contexto em que a ordem tecnológica produz novas relações sociais mediadas por aplicativos, robôs e máquinas inteligentes.

A química da interpessoalidade tem início na comunicação entre partes. Estudiosos enfatizam que a relação interpessoal se aperfeiçoa na empatia, no respeito e na confiança, mas pode ocorrer quebra do circuito. O psicólogo social Serge Moscovici (1985, p. 77)^[1] relata que, no “momento em que as relações interpessoais são marcadas pela incompreensão, geram-se brechas para desconfianças e desentendimentos (…) provocando baixa produtividade e perda emotiva dos vínculos”.

Por sua vez, Salinas e Oliveira (2004)^[2] demonstram que a “competência interpessoal é necessária para a construção de um relacionamento interpessoal afinado e agradável. O trabalho em equipe só será verdadeiro se os membros do grupo evoluírem sua habilidade interpessoal, o que motivará a inserção de força na prática das atribuições”, assevera.

Dicas:

• Ponto de partida: conhecer-se!

Sim, é impossível ter relacionamento interpessoal de qualidade sem antes conferir os próprios sentimentos e emoções. Questões pessoais e profissionais bem resolvidas favorecem o ambiente de trabalho e induzem o crescimento coletivo.

• Pratique a escuta

Seja o protagonista da escuta consciente. Ao ouvir e compreender o que o outro tem a dizer, você abre espaço para que o diálogo seja eficiente e construtivo. O conteúdo da fala do interlocutor precisa ser interpretado de maneira correta e no contexto adequado.

• Desenvolva uma atitude posotiva.

A empatia, a comunicação efetiva, a cooperação e o respeito oxigenam relacionamentos e promovem conexões interpessoais mais profundas e verdadeiras. Evite depreciar colegas e minar a confiança mútua com observações não construtivas.

• Seja respeitoso.

O respeito é a virtude dos príncipes. Diante da diversidade de ideias, perspectivas e visão de mundo, promova a tolerância, a paciência e a resiliência. Exercite a pluralidade ao considerar a história de vida e experiência profissional dos colegas.

• Saiba fazer e receber críticas.

Críticas construtivas são oportunidades para observar a mesma moeda, porém por ângulos diferentes. Aproveite para desenvolver novos olhares. Todavia, ao oferecer feedbacks, faça sempre de forma amistosa e gentil. Isso pode fazer toda diferença!

• Reconheça seus erros.

O erro é uma das poucas certezas que temos ao longo da vida, afinal todas as pessoas estão suscetíveis ao engano, à insídia, ao desacerto. Usar a marcha à ré é mais do que virtude; é ser sábio. Ao assumir falhas e apontar caminhos para reparação, você aprende a viver e ensina como viver.

• Estabeleça limites.

Dizer “não” nem sempre é falta de comprometimento, mas pode ser a única forma para reelaborar o sentido das coisas. Seja realista. Preserve relacionamentos ao dimensionar a realidade factível.

A VIVER Editora se propõe ajudar você na construção da carreira profissional. Faça contato conosco. Sucesso.

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Viver Editora

Paixão pela Vida

^[1]MOSCOVICI, F. (1985). Desenvolvimento interpessoal. 3ª. ed., Rio de Janeiro: LTC.

^[2]SALINAS, M; OLIVEIRA, L. Relações interpessoais e suas influências na criatividade no trabalho. Interbio v.8 n.2, jul-dez, 2014  – ISSN 1981-3775